Primeiramente, gostaria de deixar claro que fui criada dentro dos preceitos religiosos protestantes, apesar de nunca ter sido uma freqüentadora assídua da igreja e que antes de qualquer coisa trato nesse texto daquelas pessoas que mesmo, muitas vezes estando dentro da igreja não praticam os ensinamentos e tornam-se a fonte do preconceito existente pela religião na contemporaneidade. E, alem disso, que não desejo de forma alguma através deste afrontar a religião ou ofender as pessoas que realmente tentam seguir os ensinamentos de Jesus, até mesmo porque admiro a perseverança daqueles que conseguem se manter distanciados desse mundo de corrupção que tem tomado o protestantismo.
Quero dar inicio a minha discussão falando do cenário da religião no Brasil atualmente. Todos conhecemos alguém pertencente à religião protestante e sabemos também o quanto existem criticas negativas relativas a mesma na sociedade. O que, infelizmente não é de se admirar. Na contemporaneidade a profecia se cumpre. A igreja esta repleta de lobos disfarçados de ovelhas. O joio se mistura ao trigo de uma forma tão violenta que fica difícil encontrar o trigo.
Os protestantes (mais uma vez reforço que me refiro aos hipócritas) resolveram se modernizar, estão tornando-se parte de tudo aquilo que as escrituras repudiam. Falo aqui da preocupação relativa à ética e caráter que o protestante deveria ter antes de tudo e todos. Hoje, eles não se preocupam em serem pessoas corretas e seguirem a palavra de Deus. Acreditam que ir a igreja aos fins de semana carregando uma bíblia debaixo do braço, gritar algumas aleluias e pagar o dizimo são o suficiente para garantir sua salvação.
Dessa forma, eles se transformam naquilo que eu chamo de “Crentes do Fim de Semana a Noite”. Esses indivíduos transformam-se em um ser religioso durante os períodos noturnos aos fins de semana (momentos bem pontuais), é quando freqüentam a igreja, amam seus irmãos e irmãs e estão na “paz do senhor”. Durante a semana eles voltam a ser alguém “normal”, fofocam dos acontecimentos mais recentes, falam mal dos seus irmãos e também daqueles que “não o são”, os casados adulteram, se envolvem com pornografia, causam intrigas, mas é claro de uma forma relativamente oculta, afinal de contas são evangélicos.
E o que mais me indigna é que essas pessoas, cheias de pecado, querem determinar quem é digno ou não de freqüentar a igreja. Nesse momento o “pecado que aparece” se torna pior do que o pecado que esta escondido. Então, apresento-lhes as seguintes questões: Porque um homossexual ou uma moça que engravidou antes do casamento não podem freqüentar a igreja quando esta está repleta de mentirosos, corruptos e adúlteros?
É menor o pecado de trair ao marido ou à esposa? É menor o pecado da mentira? É menor o pecado de roubar?
É claro que não estou aqui entrando no mérito de que a igreja deva aceitar o pecado, mas sim que ela deve abrigar o pecador!
Todos sabemos que nascemos como pecadores e que não há distinção entre “os pecados” (não existe pecado pequeno ou grande). Assim, não considero correto a igreja aceitar dentro dela apenas aqueles que ela própria julga “dignos” de estarem na presença de Deus. Ate mesmo porque, teoricamente, estando dentro da igreja os pecadores estariam mais próximos da verdade divina e esta os libertaria.
A verdade não deve ser dita apenas àqueles que têm seus pecados escondidos, porque isso é hipocrisia. A verdade deve ser dita a todos os que desejam saber!
Gostaria de finalizar esse texto deixando claro que não sou um exemplo a ser seguido e acredito que ninguém no mundo deve ser, ou já foi, com exceção de Jesus Cristo é claro. Essa foi apenas uma tentativa de expressar minha indignação com aqueles evangélicos que se preocupam tanto com a vida alheia e com os seus conceitos e preconceitos a ponto de não perceberem que estão caindo na armadilha que eles próprios armam.
Por isso meus caros, acordem!
A busca pela verdade e pela salvação deve vir de dentro, o servo de Deus não pode e não deve de maneira alguma olhar para fora antes de olhar para si.
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