quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Da liberdade à falta de pudor



Depois de queimarem o sutiã e serem reconhecidas como seres dotados de capacidade intelectual, muitas mudanças ocorreram no universo feminino. Porém, nem todas essas modificações foram bem vistas ou aplicadas, principalmente pelas próprias mulheres.

É inegavel que a libertação feminina foi algo incrível e tem sido desde o inicio desse movimento. O problema é que na sociedade contemporânea, muitas mulheres tem confundido liberdade com falta de pudor. Todas as conquistas que nos tivemos, acabaram sendo deixadas de lado e a que tem relevância maior atualmente é apenas a de caráter sexual. Fica como coadjuvante nossos papeis e conquistas sociais, sejam eles em âmbito profissional, familiar e outros. Foca-se apenas no papel sexual da mulher.

Hoje as mulheres –é claro que aquelas que se permitem esse papel- são utilizadas e vistas como artigos, e acham isso legitimo. Saem e fazem sexo cada dia com um e ainda consideram que este é o ápice da liberdade. Andam despidas e seminuas e acreditam mais uma vez que são livres por fazer isso, quando na verdade estão apenas tornando-se escravas de sua própria sexualidade.

Muitos dirão que esse olhar é o de uma sociedade que insiste em manter uma visão extremamente machista. Sinceramente, não discordo dessa posição da sociedade, já que as mulheres que se permitem ter esse tipo de comportamento apenas reforçam os ideais machista, uma vez que agem como homens.

Tenho a forte sensação que tudo isso ocorre porque aquelas que nasceram semi-emancipadas, ou melhor, as mulheres - ou ainda garotas - cotemporaneas, parecem acreditar que a luta foi ganha e que não há mais nada o que fazer a não ser aproveitar dessa pseudoliberdade. O que é um equivoco, ainda devemos lutar –e muito- por nossos direitos em outros âmbitos, pela integridade da mulher e pela mudança de atitude daquelas que ainda não entenderam o sentido real da liberdade.

Faço minhas as palavras de Einstein: “Não se pode esperar resultados diferentes fazendo as coisas da mesma forma.” Assim, o papel da mulher só será reconhecido de fato quando todas nós entendermos que este diz respeito a ser mulher e não a tentar ser e fazer aquilo que o homem faz. E acima de tudo, que não podemos confundir liberdade sexual com falta de pudor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário