terça-feira, 2 de dezembro de 2014

E ai... já casou?




Não tem como escapar...


Qualquer situação em que me é promovido um encontro com alguém que não via há muito tempo, umas das primeiras perguntas, soltas quase que como um ‘oi’ é a bendita: “e aí... Já casou?”.


Em 23 anos de existência, esse já é um dos questionamentos mais ouvidos por mim...


E tenho certeza que não só por mim, mas por muitos ou, generalizando mesmo, todos coleguinhas que ainda não casaram ou não marcaram o casório.


A questão principal é que em pleno século 21 - olha o clichê aí, geeente - a sociedade ainda impõe o casamento antes dos 30. Na verdade, para a mulher o ‘ideal’ é que se case antes do 25 (meu Deus, só tenho dois anos... #sqn).


A questão secundária é que hoje, muitos não querem casar antes dos trinta, para falar a verdade, conheço muitos que não querem nem se casar!


E aí... como fica?


Às vezes, quando alguém me questiona sobre casar o mais depressa possível, me imagino de noiva – naqueles vestidos bem pomposos, claro, porque não basta que escolham o período do casamento, eles também ‘exigem’ que a cerimônia seja dentro dos padrões tradicionais – no meio da rua, tentando desesperadamente encontrar alguém que me diga um sim no altar.


E é assim que tem parecido ser, aqueles que se deixam levar pela imposição do casamento, acabam, muitas vezes, se casando mais pelo estar casado e pelo casamento em sí, do que pelo fato de estar disposto a dividir uma vida com alguém.


É claro, que tem aqueles que se casam novos, mas por escolher assim, e não por determinação social. Mas o problema em que quero tocar, é que amor não tem tempo para acontecer, não tem data marcada para chegar...

Acontece aos 12, aos 21, aos 57, ou seja lá em que idade for e pode até nem acontecer.  E é por isso mesmo, que não podemos enxergar o casamento como um fim, uma finalidade.


E não é que eu não queira me casar... na verdade, até pretendo.


O ponto é que quero alguém que me faça querer compartilhar o cotidiano e não uma cerimônia de algumas horas ou uma assinatura em um papel. Eu quero dizer sim no altar como expressão de vontade e não de obrigação, para que só então, eu me sinta à vontade para responder sim ao vulgar: “E aí, já casou?”.

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