Você, caro leitor - ou
deveria dizer, eleitor - que amanhã sairá da onda do “slacktivism”
para ir às ruas demonstrar mais um ato de seu engajamento político, já
parou para pensar – supondo que esse movimento tenha força suficiente para
fazer efeito - nas consequências de um impeachment da presidente Dilma? Já
parou para refletir se tirar a Dilma do poder, tocaria nos problemas enraizados
nas estruturas politicas do país? Será mesmo que essa seria a solução?
Antes de qualquer coisa, você
sabe quem seriam os sucessores da nossa ‘adorável’ presidenta? Não?
Ok, então eu te respondo: os
possíveis sucessores de Dilma, seriam Michel Temer; Eduardo Cunha, presidente
da Câmara ou ainda, nosso grande conhecido, Renan Calheiros, presidente do
Senado, nessa ordem. Todos, sem exceção, políticos investigados por
envolvimento em esquemas de corrupção!
E ai, faz mesmo diferença
tirar a presidenta do poder?
Aliás, será que o poder está
centralizado nas mãos ou no partido dela?
Se formos falar da corrupção
no país hoje, o esquema funciona mais ou menos de uma forma monárquica: Todos
os políticos – TODOS – independente do cargo assumido, ou do partido ao qual pertencem,
tem parte na corrupção que tem levado o país cada vez mais para baixo; mas,
quem leva o nome por tudo o que acontece, tem um poder quase que simbólico.
Não que a Dilma não tenha responsabilidade
sobre isso, mas é que a transgressão não é só dela! Volto a repetir: todos os
nossos políticos estão envolvidos, ainda que não diretamente, indiretamente
pelo simples fato de se calar diante dessa situação infeliz.
Longe de mim estar satisfeita
com a situação política atual de nosso país. Mas longe de mim também, acreditar
que um Impeachment seria a solução, ou ao menos o começo desta.
Antes de qualquer coisa,
precisamos de uma grande reforma política e constitucional e mais seriedade no exercício
por parte do poder judiciário.
Então, de nada adianta tirar
a bunda do sofá com a finalidade de tirar a Dilma do poder. Devemos sair e
devemos protestar sim, mas por uma reforma, por um recomeço, porque é disso que
nosso país precisa!
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